The Governor of the Bank of Mozambique, Rogerio Zandamela, said this Monday that African countries need to strengthen the payment system “to stimulate trade” within the continent.
“Over the last ten years, intra-African trade has grown by 4%, representing just 14% of total African exports, compared to an untapped potential of 43% of intra-African exports, about US$22 billion. [20,2 mil milhões de euros”, disse o governador, na abertura do encontro dos bancos centrais africanos, em Maputo.
Defendeu, na mesma intervenção, que “é da maior importância” que os bancos centrais continuem a “trabalhar nos sistemas de pagamentos regionais para fazer face aos desafios atinentes ao comércio intra-africano e a inclusão financeira”.
“Para impulsionar o comércio intra-africano e continuar a melhorar a inclusão financeira em África, precisamos de um sistema de pagamentos eficiente e seguro”, disse ainda.
Maputo recebe esta segunda-feira o seminário continental da Associação dos Bancos Centrais Africanos (AACB), com o tema “Desenvolvimento dos Sistemas de Pagamento para a Promoção da Inclusão Financeira em África e do Comércio Intra-Africano: Desafios e Oportunidades”, juntando 66 representantes de 23 bancos centrais africanos e de instituições internacionais.
“Não obstante os notáveis progressos registados nos últimos anos, o continente Africano está ainda longe de atingir os níveis desejáveis de inclusão financeira, uma vez que cerca de metade da nossa população continua excluída, o que é quase duas vezes superior à média mundial”, reconheceu Zandamela.
“Por outro lado, os progressos no comércio intra-africano têm sido particularmente muito lentos”, apontou igualmente.
Neste aspeto, o governador do banco central moçambicano destacou “os progressos realizados no âmbito de três plataformas regionais de pagamento e liquidação na região”, casos do Sistema de Liquidação Bruta em Tempo Real da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC-RTGS), do Sistema de Pagamentos e de Liquidação da Comunidade da África Oriental, e do Sistema Regional de Pagamentos e de Liquidação do Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA).
“Além de criar várias plataformas de pagamento, África precisa de integração e interoperabilidade entre os vários sistemas para que atendam aos nossos propósitos. Para o efeito, temos de continuar a trabalhar em prol da harmonização dos quadros regulamentares e de supervisão e continuar a acompanhar e mitigar os diferentes riscos, nomeadamente a cibersegurança, o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo”, enfatizou.
Acrescentou a expectativa de que o sistema Pan-Africano de Pagamentos e Liquidações lançado em Acra, em 2022, ao abrigo do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana, “promova o comércio intra-africano e a inclusão financeira”.
“O sistema Pan-Africano de Pagamentos e Liquidações permitirá pagamentos em moeda local entre os países africanos, reduzindo assim a dependência da liquidez em moeda estrangeira e dos custos de transação, por forma a promover um aumento no volume de bens e serviços comercializados entre as economias africanas”, concluiu.
Author: Lusa
Source: CM Jornal

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